"O enigma da Calhandriz"
Passava eu a ponte 25 de abril com a minha mulher, ao volante do meu trabi, em direcção a Lisboa, quando aquilo aconteceu. Uma linda manhã de Primavera, a minha mulher até trazia três ou quatro mijonas a enfeitar o cabelo (parecia ela que ia para S.Francisco), e o céu estava mais que limpo.
De repente, um bando de calhandras-drone atacou
um carro vermelho com matricula paquistanesa que circulava uns metros á
nossa frente. Um verdadeiro ataque suicida, pois cada calhandra
explodia logo após embater no veículo, deixando-o em chamas e envolto
numa enorme nuvem de fumo preto.
Eu digo-vos que eram drones,
e tenho a certeza do que vos digo, pois eu sou um ornitólogo amador mas experiente, e
sei que é impossível observar aquele padrão de voo tão agressivo num
pássaro como a calhandra, tanto menos explodirem ao embater em algo.
Eram, indiscutivelmente, drones.
Deduzia eu que estava perante uma espécie de atentado, e já alguns motoristas tentavam , em vão, apagar as chamas com a ajuda de pequenos extintores, quando uma enorme calhandra-drone de metal saltou do fogo! Elevou-se algumas dezenas de metros no ar, parou por alguns momentos, e de seguida voou velozmente em direcção ao céu, qual fénix renascida das cinzas.
Todos
os que estavam naquela ponte ficaram incrédulos a olhar para o céu!
Quando deixamos de ver aquele estranho pássaro, a única coisa que restou
foi um brilho intenso, que se extinguiu rapidamente.
Este foi o acontecimento mais estranho que alguma vez observei, o que ainda piorou após a minha mulher me informar do localidade para onde nos deslocávamos: Calhandriz, ali pós lados de Bucelas...
Fmi
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