Foi um estranho amanhecer.
Um
soldadinho de chumbo desceu do jipe. O pó levantado pelo embate das
botas no chão seco foi rapidamente inalado pelas suas narinas. Fazia
sempre aquilo cada vez que pisava solo inimigo.
O céu
cor-de-laranja cheirava a queimado. O soldadinho reagiu ao silvar de
projécteis junto ao seu capacete, e atirou-se energicamente para dentro
de uma cratera.
De seguida, ouviu-se três, quatro
bujardas valentes, e foi tanto o pó levantado com as explosões que nem
um batalhão de soldadinhos como ele conseguiria aspirá-lo todo!
O
militarzinho estremeceu e colocou-se em posição fetal, cantarolando uma
moda antiga para não se focar no medo, tal como tinha sido instruído.
Ao fim de dois minutos, silêncio.
Ao colocar a mona de fora, viu dois tanques a cerca de duas papa-léguas de distância a Ó-este, aproximando-se rapidamente.
Verificou
o seu arsenal: uma granada e um pistolim sem munições. Estava numa
posição dificil...Deixou-se estar no buraco.O seu jipe já estava todo
esfanicado, em resultado das ameixas atiradas por aquelas bestas de
guerra.

Quando
estavam mesmo á beira do seu refúgio, saltou de lá de dentro, e,
gritando pela sua mãe, enfiou a granada no tubo disparador da carcaça
bélica, voltando-se a refundir para escapar á explosão.
O segundo tanque, destrui-o á chapada.
Sem comentários:
Enviar um comentário