Pesquisar neste blogue

sábado, 27 de setembro de 2014

"Guerra sem fim"


Foi um estranho amanhecer.

 Um soldadinho de chumbo desceu do jipe. O pó levantado pelo embate das botas no chão seco foi rapidamente inalado pelas suas narinas. Fazia sempre aquilo cada vez que pisava solo inimigo.
 O céu cor-de-laranja cheirava a queimado. O soldadinho reagiu ao silvar de projécteis junto ao seu capacete, e atirou-se energicamente para dentro de uma cratera.
 De seguida, ouviu-se três, quatro bujardas valentes, e foi tanto o pó levantado com as explosões que nem um batalhão de soldadinhos como ele conseguiria aspirá-lo todo!
 O militarzinho estremeceu e colocou-se em posição fetal, cantarolando uma moda antiga para não se focar no medo, tal como tinha sido instruído.
 Ao fim de dois minutos, silêncio.

 Ao colocar a mona de fora, viu dois tanques a cerca de duas papa-léguas de distância a Ó-este, aproximando-se rapidamente.
 Verificou o seu arsenal: uma granada e um pistolim sem munições. Estava numa posição dificil...Deixou-se estar no buraco.O seu jipe já estava todo esfanicado, em resultado das ameixas atiradas por aquelas bestas de guerra.
 Quando estavam mesmo á beira do seu refúgio, saltou de lá de dentro, e, gritando pela sua mãe, enfiou a granada no tubo disparador da carcaça bélica, voltando-se a refundir para escapar á explosão.

 O segundo tanque, destrui-o á chapada.

                                                         FMI

Sem comentários:

Enviar um comentário