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segunda-feira, 18 de março de 2019

"O Anti-corrosivo"


        "O Anti-corrosivo"

 Certamente que qualquer um de vós já se deparou com a seguinte situação:
  Uma pessoa chega a casa, entra, e depara-se com um elefante sentado no meio da sala de estar. Na cozinha está o tratador do animal, de kalashnikov ás costas,frigorifico aberto, calmamente a fazer um batido de frutas, com uma descontração tipica de um revolucionário sul-americano, convertido ao veganismo.
 A tua primeira reacção, normalíssima: correr para o quarto, direitinho ao sitio onde guardas a tua arma (que seja um revolver, pois são mais fiáveis, nunca encravam). Mas ao abrir a porta, deparas-te com um cenário bem diferente, mas igualmente perturbador, pois em vez do teu acolhedor quarto, este é agora uma paragem de autocarros, com três pessoas á espera, e uma delas pergunta-te a que horas passa o 28 para o Cais do Sodré...
 Voltas para trás, apenas para encontrares a casa completamente vazia e com uma cor alaranjada, muito intensa, que rapidamente apercebes-te ser, ao olhar para a janela, o clarão duma explosão nuclear, com um enorme cogumelo de fumo e fogo a subir os céus! É então que corres para a porta, sais para a rua, mas és bloqueado por um troll em cima de um edredom mágico, a deitar fumos psicadélicos pelas orelhas.
 É nesta altura que o teu cérebro começa a questionar se estás num estranho sonho, ou que o LSD nos anos 90 não era assim de tão má qualidade, ou até ainda se foste alvo de alguma arma psicotrónica de última geração! 
 Por fim, dás por ti deitado no sofá, com as chaves de casa na mão e uma terrível dor de cabeça. 
  A mim, neste ponto, veio-me á lembradura que antes de saír do trabalho, tinha emborcado meio litro de um frasco de anti-corrosivo que vendo lá, a oito euros o litro...

                                                  Fmi 

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